segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Resultado do questionário
Pessoal,em nossa reunião hoje começamos a tabular o questionário aplicado semana passada!
Até quarta feira o resultado do questionário estará tabulado. Colocaremos o resultado aqui no blog! Adiantamos que a partir do pré resultado visto hoje já preparamos nossa apresentação!
Faremos vivências para estimular os colegas na comunicação afetiva! Serão vivências com vídeos, músicas que buscarão colocar em pauta a questão da afetividade pessoal dos professores, pois sem viver a afetividade não é possível se perceber e assim perceber o outro, se educar e educar o outro!
terça-feira, 24 de setembro de 2013
SOBRE HUMOR!!VAMOS PRATICAR MAIS!!!
5 MANEIRAS DE MELHORAR DRASTICAMENTE O HUMOR
07/0256Por Miguel Lucas em Motivação
Os estados de humor têm uma forte influência na nossa vida. Os estados de humor influenciam a forma como pensamos, sentimos e agimos no mundo. Saber regular o nosso humor é uma vantagem para sermos assertivos e tomarmos decisões acertadas de acordo com os nossos objetivos de vida. Nem sempre conseguimos garantir uma estabilidade no humor, por vezes o humor diminui e com isso pode surgir o abatimento, a angústia, a raiva, a irritabilidade, e nos casos mais severos conduzir-nos a algum tipo de transtorno psicológico como a ansiedade ou a depressão. Poucos de nós foram ensinados a regular as nossas emoções indesejáveis e, portanto, poucas pessoas são capazes de manter um nível constante de humor “bom” o dia todo.
Infelizmente, existem momentos ao longo do dia que, quando o nosso humor diminui podem afetar negativamente os processos e os resultados de uma situação. As sugestões que apresento mais abaixo podem ser usadas antes de qualquer evento importante, e igualmente quando você reconhece que preferiria estar num estado de humor melhor.
1. SEJA GRATO
Pode parecer “cliché” sermos gratos por aquilo que temos ou conseguimos fazer, ou expressar gratidão aos outros. Com as imensas tarefas que temos de realizar diariamente, e com o apurado detetor de mal estar que possuímos no nosso organismo, que nos empurra a atenção para o que não está bem na nossa vida, ou para aquilo que nos causa sofrimento, dor, desilusão, angústia, ansiedade, irritabilidade, entre outros, tendemos a não olhar para o que temos de bom ao nosso redor.
Nos próximos cinco minutos faça um exercício de gratidão. Tome consciência dos seus cinco sentidos (ou se for o caso, para o máximo de sentidos funcionais) e tente observar o máximo de estímulos que consegue tomar consciência e dos quais gosta, tira prazer e satisfação. Faça isso. Seja tão específico quanto conseguir. Observe a sua capacidade de ouvir os sons de que gosta, de ver as paisagens que o inspiram, de cheirar, de tocar e de saborear tudo o que o faz sentir-se bem. Tome consciência do quão importante tudo isso é na sua vida, e que está ao seu dispor e alcance.
Em seguida você pode tomar consciência das pessoas que o influenciaram positivamente, seja grato pelas pessoas que melhoraram a sua vida. Você pode agradecer o seu trabalho, os seus bens materiais o seu carro e todas as outras coisas na sua vida que a tornam mais fácil e melhor. Eu particularmente, muitas vezes penso e sou grato por este magnífico planeta sem o qual nada disso seria possível.
Tomar consciência de tudo quanto é bom ao seu redor e ser grato por isso, no inicio pode ser estranho, mas, certamente num período breve você irá perceber o enorme benefício de ter abraçado a prática da gratidão.
Dica: A gratidão é uma das muitas formas de saber apreciar, de saber envolver-se e ligar-se às coisas boas que existem na sua vida.
2. PRATIQUE O SORRISO
Não quero transmitir a ideia de que se você tem motivos para estar mal humorado, que deverá desatar às gargalhadas, nada disso. O que pretendo transmitir, é que se você está com o seu humor em baixo e pretende elevá-lo, pode utilizar o sorriso como uma forma simples e eficaz para sentir-se melhor. E, para que consiga sorrir é necessário que se abra a essa possibilidade. É importante que se predisponha a ser simpático para com as outras pessoas, e consiga prestar atenção às situações ou conversas que podem promover o seu sorriso. Ainda assim, pode sempre forçar um pouco, ouvindo anedotas, ver um filme cómico, ou conviver com aqueles amigos mais animados e brincalhões. Pode ainda você mesmo dizer uma piada ou descrever uma experiência sua que tenha sido engraçada. O mais importante de tudo, é realmente estar predisposto a mudar o seu humor usando o sorriso.
3. ESCOLHA AS SUAS PALAVRAS
As palavras têm um enorme poder em todo o nosso ser. As palavras podem transmitir-nos energia, alegria, impulso, motivação e assim, terem um enorme impacto positivo. Ao pensar ou dizer palavras capacitadoras ou calmantes, você vai mudar o seu humor para melhor. Em seguida apresento algumas palavras poderosas, pondere utilizá-las ou escolha as suas próprias palavras que mexem consigo de forma positiva.
Palavras capacitadoras:
Magnífico
Maravilhoso
Espetacular
Perfeito
Glorioso
Soberbo
Extraordinário
Bombástico
Palavras calmantes:
Pacífico
Sereno
Tranquilo
Paz
Calma
4. RESPIRE PROFUNDAMENTE
A respiração consciente é uma das formas mais rápidas de abandonar os pensamentos negativos e focar-se no momento presente. Inspire e expire de forma lenta e profunda. Concentre-se nas sensações físicas da respiração. Foque a sua atenção no ar que entra e sai pelo seu nariz. Sinta o ar fresco que entra e sai à medida que vai respirando de forma lenta e profunda.
Se você está stressado, ansioso, angustiado, irritado ou frustrado, há dois métodos que você pode usar depois de estabilizar a sua respiração com o método anterior:
A – Tape a sua narina direita e inspire e expire pela narina esquerda. Faça o mesmo processo mas desta vez usando a inspiração e expiração usando a narina direita e tapando a esquerda.
B – Inspire pelo nariz e expire lentamente pela boca.
A respiração intencional e focada nas sensações físicas que resultam da inspiração e expiração, permite relaxar o corpo e ao mesmo tempo, mesmo que temporariamente, a mente afasta-se dos pensamentos que têm vindo a dar suporte ao estado de mau humor ou humor diminuído.
5. ENVOLVA-SE COM AS SUAS AÇÕES
Relembre um momento em que você foi criança. Tente avivar as imagens que guarda acerca da forma como se envolvia nas suas brincadeiras. Visualize a alegria, a excitação e o envolvimento que você tinha nas coisas que fazia quando era jovem. Essa capacidade de tirar proveito, gozo e satisfação das tarefas que realizamos, por vezes, na idade mais avançada vai-se perdendo. Muitos de nós perdemos ou enfraquecemos a habilidade de nos envolvermos profundamente nas atividades que nos dão satisfação, alegria e gozo.
Ser for o seu caso, envolva-se nas brincadeiras com os seus filhos. Se não tiver filhos, envolva-se nas atividades que gosta de realizar, foque-se nisso. Certamente irá usufruir do fenómeno do envolvimento, que dá origem a outro fenómeno, que é esquecer-se de si mesmo, do tempo e das arrelias da vida. O envolvimento com aquilo que interage e gosta, promove o seu bem-estar, e consequentemente melhora o seu humor. Envolva-se nas atividades que lhe dão prazer, envolva-se com as pessoas que gosta, com o livro que adora ler, com a música que gosta de ouvir, entre outras coisas. Quando fluímos com aquilo que fazemos, e gostamos, é libertado no nosso organismo um químico (endorfina) que nos faz sentir bem. O envolvimento e imersão com as atividades que praticamos promovem o bem-estar.
Abraço
AUTOR MIGUEL LUCAS
Valéria Pelegrina
Pessoal olha que interessante!!!
7 Dicas para dar aulas melhores
Júlio Clebsch
1 – Incite, não informe
Uma boa aula não termina em silêncio, ou com os alunos olhando para o relógio. Ela termina com ação concreta. Antes de preparar cada aula, pergunte-se o que você quer que seus alunos aprendam e façam e como você os convence disso?
Olhe em volta, descubra o que pessoas, nas mais diferentes profissões, fazem para conseguir a atenção dos outros. Por exemplo, ao fazer um resumo de uma matéria, não coloque um "título"; imagine-se um repórter e coloque uma manchete. Como aquela matéria seria colocada em um jornal ou revista? Use o espírito das manchetes, não seja literal, nem tente ser um professor do tipo:
2 - Conheça o ambiente
Você nunca vai conseguir a atenção de uma sala sem a conhecer. Onde moram os alunos e como eles vivem - quem vem de um bairro humilde de periferia não tem nada a ver com um morador de condomínio fechado, apesar de, geograficamente, serem vizinhos. Quais informações eles tiveram em classes anteriores, quais seus interesses. Mesmo nas primeiras séries cada pessoa tem suas preferências e o grupo assume determinada personalidade.
3 - No final das contas (e no começo também)
As partes mais importantes de uma aula são os primeiros 30 e os últimos 15 segundos. Todo o resto, infelizmente, pode ser esquecido se você cometer um erro nesses momentos.
Os primeiros 30 segundos (principalmente das primeiras aulas do ano ou semestre) são um festival de conceituação e de cálculo dos discentes. Mesmo inconscientemente, eles respondem às seguintes questões:
Quem é esse professor? Qual seu estilo?
O que posso esperar dessa aula hoje e durante todo o ano?
Quanto da minha atenção eu vou dedicar?
E isso, muitas vezes, sem que você tenha aberto a boca.
4 - Simplifique
Você certamente já presenciou esse fenômeno em algumas palestras: elas acabam meia hora antes do final. Ou seja, o apresentador fala o que tinha que falar, e passa o resto do tempo enrolando. Ou então, pior, gasta metade da apresentação com piadas, truques de mágica, histórias pessoais que levam às lágrimas, "compre meu livro" e aparentados, e o assunto, em si, é só apresentado no final - se isso.
Por isso, uma das regras de ouro de uma boa aula é - simplifique, tanto na linguagem como na escrita. Caso real: reunião de condomínio na praia, uma senhora reclamava que sua TV não funcionava direito.
Explicaram-lhe que era necessário sintonizar em UHF. Ela então perguntou para quê a diferença entre UHF e VHF. Um vizinho prestativo passou a discorrer sobre diferenças na recepção, como uma transmissão poderia interferir na outra, nas características geográficas... Ela continuava com aquela cara de quem não entendia nada. Até que um garoto resumiu a questão em cinco letras:
"AM e FM."
"Ahhh, entendi."
Escrever e falar da maneira mais simples possível não significa suavizar a matéria ou deixar de mencionar conceitos potencialmente "espinhosos". Use e abuse de exemplos e analogias. Divida a informação em blocos curtos, para que seja melhor assimilada.
5 - Ponha emoção
Certo, você tem PhD naquela área, pesquisou o assunto por meses a fio, foi convidado para dar aulas em faculdades européias. Mesmo assim, seus alunos podem não prestar atenção em você. Segundo estudos, o impacto de uma aula é feito de:
55% estímulos visuais - como você se apresenta, anda e gesticula;
38% estímulos vocais - como você fala, sua entonação e timbre;
e apenas 7% de conteúdo verbal - o assunto sobre o qual você fala.
Apoiar-se somente na matéria é uma forma garantida de falar para a parede, já que grande parte dos alunos estará prestando atenção em outra coisa. Treine seus gestos, conte histórias, movimente-se com naturalidade. Passe sua mensagem de forma interessante.
Para o bem e para o mal, você dá aula para a geração videoclipe. Pessoas que foram criadas em frente aos mais criativos comerciais, em que videogames mostram realidades fantásticas. Entretanto, a tecnologia deve ser encarada como aliada, e não inimiga. Apresentações multimídia, aparelhos de som, videocassetes - tudo isso pode ser usado como apoio à sua aula.
6 - A pedra no sapato
Pode ser a bagunça da turma do fundão. No ensino médio e superior, pode ser aquele aluno que duvida de tudo o que você diz pelo simples prazer de duvidar. Ou pode até ser um livro esquecido, ou computador que resolve não funcionar.
De qualquer maneira, grande parte do sucesso de sua aula depende de como você lida com esses inesperados. Responda a uma pergunta de maneira rude ou desinteressada, e você perderá qualquer simpatia que a classe poderia ter por você. Seja educado e solícito - a pior coisa que pode acontecer a um professor é perder a calma.
A razão é cultural e muito simples: tendemos sempre a torcer pelo mais fraco. Neste caso, seu aluno. A classe inteira tomará partido dele, não importa quem tenha a razão.
Se um discípulo fizer um comentário rude, repita o que ele disse e fique em silêncio por alguns instantes - são grandes as chances de ele se arrepender e pedir desculpas. Se for preciso, diga algo como "Estou pensando no que você disse. Podemos falar sobre isso após a aula?" Outra forma de se lidar com a situação é responder a questão na hora, ponderadamente - e para toda a classe, não apenas para quem perguntou. Termine sua exposição fazendo contato visual com outro aluno qualquer, por duas razões - a expressão dele vai lhe dizer o que a turma inteira achou do que você disse, ao mesmo tempo que desistimula outras participações inoportunas do aluno que o interrogou.
Não transforme sua aula em um debate entre você e um aluno - há pelo menos mais 20 e tantas pessoas presentes que merecem sua atenção.
7 - Pratique
Sua aula, como qualquer outra ação, melhora com o treino. Muitos professores se inteiram da matéria, e só treinam a aula uma vez - exatamente quando ela é dada, na frente dos alunos. Não é de se admirar que aconteçam tantos problemas com o ritmo - alguns tópicos são apresentados de maneira arrastada, outras vezes o professor termina o que tem a dizer 20 minutos antes do final da aula. Sem falar nos finais de semestre em que se "corre" com a matéria.
Só há uma maneira de evitar tais desastres. Treine antes. Dê uma aula em casa para seu cônjuge/filhos ou, na falta desses, para o espelho. Não use animais de estimação, são péssimos alunos - seu cachorro gosta de tudo o que você faz e os gatos têm suas próprias prioridades, indecifráveis para as outras espécies. E o que se busca com o treino é,principalmente, uma crítica construtiva.
Fonte: www.profissaomestre.com.br, no canal EM FOCO
Valéria Pelegrina
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Dica de Leitura para um Comportamento mais leve
Bom dia á todos, tudo bem?
Pesquisando e vendo alguns vídeos do Pacheco é possível ver que a educação sob sua ótica é uma grande "diversão", ou seja, o aluno deve aprender brincando, o aprendizado deve ser leve e com atividades de seu cotidiano.
Assim deveria ser a postura do professor também, leve, com uma atuação mais divertida sem deixar de ser comprometido e ao mesmo tempo responsável.
Pensando nisso e pesquisando algumas coisas com relação á afetividade, postura e bom humor encontrei um site onde a autora disponibiliza um livro interessante com algumas dicas sobre o bom humor, o riso, enfim, algumas coisas que acredito, podemos utilizar em nosso trabalho. Dêem uma olhadinha e depois discutimos melhor ok.
O site é: www.docelimao.com.br - Livro: Quero Viver num Planeta que Ri
A autora é Conceição Trucon - Química, Cientísta e escritora sobre nutrição natural.
Abraço
Viviani
domingo, 22 de setembro de 2013
Outra Sugestão
Encontrei uma aula sobre o perfil do professor, eu gostei! Vejam!
Dani
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAxiAAG/a-relacao-professor-aluno.
Dani
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAxiAAG/a-relacao-professor-aluno.
Indicação de Livro
Pessoal,
Me ajudem a encontrar este livro!
Dani
Parte I – Afetividade e práticas; Capítulos: 1. Dimensões afetivas na relação professor-aluno; 2. Afetividade e condições de ensino: histórias de professores inesquecíveis; 3. Meu professor inesquecível: a construção de uma memória coletiva; 4. As dimensões afetivas no processo de avaliação; 5. Mediação e afetividade: histórias de mudanças na relação sujeito – objeto; 6. As dimensões afetivas nas atividades de ensino em classes de alfabetização; Parte II – Afetividade na constituição do leitor; Capítulos: 7. Constituição do sujeito-leitor: análise de alguns aspectos relevantes; 8. O papel da família na constituição do leitor; 9. Significação das práticas de leitura escolar sob a ótica do aluno leitor; Parte III – Afetividade e constituição do professor; Capítulos: 10. Análise de um memorial de formação: a afetividade no processo de constituição de uma professora.
Me ajudem a encontrar este livro!
Dani
Parte I – Afetividade e práticas; Capítulos: 1. Dimensões afetivas na relação professor-aluno; 2. Afetividade e condições de ensino: histórias de professores inesquecíveis; 3. Meu professor inesquecível: a construção de uma memória coletiva; 4. As dimensões afetivas no processo de avaliação; 5. Mediação e afetividade: histórias de mudanças na relação sujeito – objeto; 6. As dimensões afetivas nas atividades de ensino em classes de alfabetização; Parte II – Afetividade na constituição do leitor; Capítulos: 7. Constituição do sujeito-leitor: análise de alguns aspectos relevantes; 8. O papel da família na constituição do leitor; 9. Significação das práticas de leitura escolar sob a ótica do aluno leitor; Parte III – Afetividade e constituição do professor; Capítulos: 10. Análise de um memorial de formação: a afetividade no processo de constituição de uma professora.
Sugestão
Pessoal,
Encontrei um material,mas estou em dúvida quanto à sua legitimidade. Dêem uma olhada! Segue o endereço.
http://www.slideshare.net/michella1507/o-professor-coordenador-pedaggico-como-mediador-do-processo-de-construo-do-quadro-de-saberes-necessrios
Encontrei um material,mas estou em dúvida quanto à sua legitimidade. Dêem uma olhada! Segue o endereço.
http://www.slideshare.net/michella1507/o-professor-coordenador-pedaggico-como-mediador-do-processo-de-construo-do-quadro-de-saberes-necessrios
O PAPEL DO PROFESSOR E SUA MEDIAÇÃO NOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DO CONHECIMENTO
Artigo retirado da revista Conteúdo Capivari, v.1, n.4, ago./dez. 2010 – ISSN 1807-9539
Boa leitura!
Dani
Artigo de Vanessa C. Bulgraen
RESUMO
Este artigo analisa a atuação do professor como mediador dos conhecimentos escolares procurando contribuir para a formação de uma sociedade verdadeiramente pensante. O educador deve atuar como mediador do conhecimento, de forma que os alunos aprendam os saberes escolares em interação com o outro, e não apenas recebam-no passivamente. É dessa forma, que o docente contribuirá para que o aluno desenvolva o senso crítico e possa cada vez mais participar ativamente de sua “prática social” atuando como sujeito em meio a sociedade. Desse modo, cabe ao professor colocar-se como ponte entre aluno e conhecimento e cabe ao aluno participar ativamente desse processo. Este artigo tem por finalidade destacar a importância do papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem e da consciência de que ensinar não é transferir conhecimento, mas sim possibilitar a construção do mesmo de forma crítica e ativa.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo discute o papel do docente na educação, de forma que este possa se assumir como mediador e trabalhador social, na construção de uma sociedade mais equânime, na qual os educandos desenvolvam a criticidade e possam, dessa forma, lutar pelos seus interesses em meio a sociedade.
Sem dúvida, o professor além de ser educador e transmissor de conhecimento, deve atuar, ao mesmo tempo, como mediador. Ou seja, o professor deve se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento para que, dessa forma, o aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito do educador.
Percebemos então, que em relação à educação, o docente tem nas mãos a responsabilidade de agir como sujeito em meio ao mundo e de ensinar para seus educandos o conhecimento acumulado historicamente, dando-lhes a oportunidade de também atuarem como protagonistas na sociedade.
Segundo Freire (1979), a ação docente é a base de uma boa formação escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Entretanto, para que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e encarar o caminho do aprender a ensinar. Evidentemente, ensinar é uma responsabilidade que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Um educador precisa sempre, a cada dia, renovar sua forma pedagógica para, da melhor maneira, atender a seus alunos, pois é por meio do comprometimento e da “paixão” pela profissão e pela educação que o educador pode, verdadeiramente, assumir o seu papel e se interessar em realmente aprender a ensinar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos, neste trabalho, que cabe ao professor, mediar o chamado “saber elaborado” acumulado historicamente pela sociedade com as vivências do aluno possibilitando uma aprendizagem crítica para sua atuação como sujeito na sociedade, enfocando o ensino dosconhecimentos do passado, da tradição, para o entendimento das situações presentes e formas de se redefinir as ações futuras.
Portanto, a ação pedagógica no processo de ensino consiste, basicamente, na “prática social”. De modo que, inicialmente cabe ao educador, mediar conhecimentos historicamente acumulados bem como os conhecimentos atuais, possibilitando, ao fim de todo o processo, que o educando tenha a capacidade de reelaborar o conhecimento e de expressar uma compreensão da prática em termos tão elaborados quanto era possível ao educador.
Percebe-se então, que tal prática social só pôde ser alcançada através de uma ação pedagógica mediadora e problematizadora dos conteúdos sistematizados, das vivências dos alunos e dos acontecimentos da sociedade atual.
Assim sendo, na relação de ensino estabelecida na sala de aula, o professor precisa ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento, mas, ao contrário, é possibilitar ao aluno momentos de reelaboração do saber dividido, permitindo o seu acesso critico a esses saberes e contribuindo para sua atuação como ser ativo e crítico no processo histórico-cultural da sociedade.
De fato, este é o verdadeiro papel do professor mediador que almeja através da sua ação pedagógica ensinar os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidade ao longo da história e assim contribuir na formação de uma sociedade pensante.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. 3. ed. Brasília, 2001.
FONTANA, R. e CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. 1. ed. São Paulo: Atual, 1997.
FONTANA, R.A.C. Mediação pedagógica na sala de aula. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
KRAMER, S. Com a pré-escola nas mãos: uma proposta curricular. São Paulo: Ática, 1989.
Boa leitura!
Dani
Artigo de Vanessa C. Bulgraen
RESUMO
Este artigo analisa a atuação do professor como mediador dos conhecimentos escolares procurando contribuir para a formação de uma sociedade verdadeiramente pensante. O educador deve atuar como mediador do conhecimento, de forma que os alunos aprendam os saberes escolares em interação com o outro, e não apenas recebam-no passivamente. É dessa forma, que o docente contribuirá para que o aluno desenvolva o senso crítico e possa cada vez mais participar ativamente de sua “prática social” atuando como sujeito em meio a sociedade. Desse modo, cabe ao professor colocar-se como ponte entre aluno e conhecimento e cabe ao aluno participar ativamente desse processo. Este artigo tem por finalidade destacar a importância do papel mediador do professor no processo de ensino-aprendizagem e da consciência de que ensinar não é transferir conhecimento, mas sim possibilitar a construção do mesmo de forma crítica e ativa.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo discute o papel do docente na educação, de forma que este possa se assumir como mediador e trabalhador social, na construção de uma sociedade mais equânime, na qual os educandos desenvolvam a criticidade e possam, dessa forma, lutar pelos seus interesses em meio a sociedade.
Sem dúvida, o professor além de ser educador e transmissor de conhecimento, deve atuar, ao mesmo tempo, como mediador. Ou seja, o professor deve se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento para que, dessa forma, o aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito do educador.
Percebemos então, que em relação à educação, o docente tem nas mãos a responsabilidade de agir como sujeito em meio ao mundo e de ensinar para seus educandos o conhecimento acumulado historicamente, dando-lhes a oportunidade de também atuarem como protagonistas na sociedade.
Segundo Freire (1979), a ação docente é a base de uma boa formação escolar e contribui para a construção de uma sociedade pensante. Entretanto, para que isso seja possível, o docente precisa assumir seu verdadeiro compromisso e encarar o caminho do aprender a ensinar. Evidentemente, ensinar é uma responsabilidade que precisa ser trabalhada e desenvolvida. Um educador precisa sempre, a cada dia, renovar sua forma pedagógica para, da melhor maneira, atender a seus alunos, pois é por meio do comprometimento e da “paixão” pela profissão e pela educação que o educador pode, verdadeiramente, assumir o seu papel e se interessar em realmente aprender a ensinar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Consideramos, neste trabalho, que cabe ao professor, mediar o chamado “saber elaborado” acumulado historicamente pela sociedade com as vivências do aluno possibilitando uma aprendizagem crítica para sua atuação como sujeito na sociedade, enfocando o ensino dosconhecimentos do passado, da tradição, para o entendimento das situações presentes e formas de se redefinir as ações futuras.
Portanto, a ação pedagógica no processo de ensino consiste, basicamente, na “prática social”. De modo que, inicialmente cabe ao educador, mediar conhecimentos historicamente acumulados bem como os conhecimentos atuais, possibilitando, ao fim de todo o processo, que o educando tenha a capacidade de reelaborar o conhecimento e de expressar uma compreensão da prática em termos tão elaborados quanto era possível ao educador.
Percebe-se então, que tal prática social só pôde ser alcançada através de uma ação pedagógica mediadora e problematizadora dos conteúdos sistematizados, das vivências dos alunos e dos acontecimentos da sociedade atual.
Assim sendo, na relação de ensino estabelecida na sala de aula, o professor precisa ter o entendimento de que ensinar não é simplesmente transferir conhecimento, mas, ao contrário, é possibilitar ao aluno momentos de reelaboração do saber dividido, permitindo o seu acesso critico a esses saberes e contribuindo para sua atuação como ser ativo e crítico no processo histórico-cultural da sociedade.
De fato, este é o verdadeiro papel do professor mediador que almeja através da sua ação pedagógica ensinar os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidade ao longo da história e assim contribuir na formação de uma sociedade pensante.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. 3. ed. Brasília, 2001.
FONTANA, R. e CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. 1. ed. São Paulo: Atual, 1997.
FONTANA, R.A.C. Mediação pedagógica na sala de aula. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
KRAMER, S. Com a pré-escola nas mãos: uma proposta curricular. São Paulo: Ática, 1989.
O perfil do professor mediador
Outro artigo que pode nos ajudar! Selecionei as partes que nos interessa, ok?
Dani
Por Marcos Meier e Gislaine Coimbra Budel
Virou moda chamar todos os professores de “mediadores”, mas uma grande parte não é. Mediar não é o mesmo que interagir, não é o mesmo que ensinar. Mediação é muito mais do que isso. De acordo com Reuven Feuerstein, um dos maiores educadores do mundo, a mediação precisa ter algumas características muito especiais. Sem elas, não é mediação, é apenas uma “interação”. Vejamos as três principais:
1 – Intencionalidade e reciprocidade
O mediador precisa querer ensinar o conteúdo com tal paixão e decisão que fará tudo o que estiver ao seu alcance para explicar da melhor forma possível. Adaptará a linguagem para que a criança com deficiência realmente compreenda. Usará as tecnologias disponíveis na escola para que o conceito se torne claro. Isso tudo chamaremos de intencionalidade, que é a soma do objetivo com as todas as ações possíveis para que o ensino seja realmente de qualidade. Além da intencionalidade do professor, o aluno precisa desejar aprender. Isso se chama reciprocidade. E o mediador usa estratégias adequadas para encantar o aluno desde o princípio, para chamar sua atenção, para conquistar sua vontade de aprender.
2 – Transcendência
Não basta aprender para fazer uma prova. É preciso que se aprenda de tal forma que seja possível aplicar o conceito construído em qualquer outra situação ou contexto. A compreensão do conceito é tal que a criança passa a aplicar o aprendido em sua própria vida e consegue explicar qualquer nova situação em que o conceito esteja presente.
3 – Mediação do significado
Um conceito realmente compreendido se interliga a outros conceitos já construídos pela criança. O mediador precisa ajudar a criança a fazer isso, principalmente uma criança com dificuldades de aprendizagem. Mediar o significado é mostrar aos alunos onde se aplica o conteúdo recém-aprendido, de que forma esse conteúdo aumenta a compreensão sobre outros fatos e como o conceito pode ampliar a compreensão de mundo da criança. Tudo isso é mediar o significado de um conceito.
Segundo Feuerstein, um mediador sempre considera em suas atitudes essas três características anteriores; no entanto, para que um mediador seja ainda melhor é necessário que inclua outras nove características em sua interação com seus alunos, incluindo as crianças com deficiências. Se as três características estiverem presentes num professor, ele já pode ser considerado um mediador; no entanto, se tal professor apresentar em suas atitudes as outras nove, ele será um mediador ainda melhor.
Os professores precisam receber formação continuada para que possam desenvolver melhor sua metodologia. Sabemos que muitos professores já agem de acordo com as características de mediação aqui defendidas, mas para que possam ser ainda mais eficazes é importante que suas ações sejam conscientes e planejadas, e não apenas fruto do acaso ou de experiências – ainda que bem-sucedidas. Precisamos nos profissionalizar cada vez mais. Precisamos agir com nossos alunos sabendo o que queremos e onde pretendemos levá-los com nossa ajuda, e em especial para com os alunos com deficiências. Sem esses pré-requisitos iremos interagir com eles, mas não saberemos se as vitórias ou fracassos dependeram mais de nós ou das próprias crianças.
Dani
Por Marcos Meier e Gislaine Coimbra Budel
Virou moda chamar todos os professores de “mediadores”, mas uma grande parte não é. Mediar não é o mesmo que interagir, não é o mesmo que ensinar. Mediação é muito mais do que isso. De acordo com Reuven Feuerstein, um dos maiores educadores do mundo, a mediação precisa ter algumas características muito especiais. Sem elas, não é mediação, é apenas uma “interação”. Vejamos as três principais:
1 – Intencionalidade e reciprocidade
O mediador precisa querer ensinar o conteúdo com tal paixão e decisão que fará tudo o que estiver ao seu alcance para explicar da melhor forma possível. Adaptará a linguagem para que a criança com deficiência realmente compreenda. Usará as tecnologias disponíveis na escola para que o conceito se torne claro. Isso tudo chamaremos de intencionalidade, que é a soma do objetivo com as todas as ações possíveis para que o ensino seja realmente de qualidade. Além da intencionalidade do professor, o aluno precisa desejar aprender. Isso se chama reciprocidade. E o mediador usa estratégias adequadas para encantar o aluno desde o princípio, para chamar sua atenção, para conquistar sua vontade de aprender.
2 – Transcendência
Não basta aprender para fazer uma prova. É preciso que se aprenda de tal forma que seja possível aplicar o conceito construído em qualquer outra situação ou contexto. A compreensão do conceito é tal que a criança passa a aplicar o aprendido em sua própria vida e consegue explicar qualquer nova situação em que o conceito esteja presente.
3 – Mediação do significado
Um conceito realmente compreendido se interliga a outros conceitos já construídos pela criança. O mediador precisa ajudar a criança a fazer isso, principalmente uma criança com dificuldades de aprendizagem. Mediar o significado é mostrar aos alunos onde se aplica o conteúdo recém-aprendido, de que forma esse conteúdo aumenta a compreensão sobre outros fatos e como o conceito pode ampliar a compreensão de mundo da criança. Tudo isso é mediar o significado de um conceito.
Segundo Feuerstein, um mediador sempre considera em suas atitudes essas três características anteriores; no entanto, para que um mediador seja ainda melhor é necessário que inclua outras nove características em sua interação com seus alunos, incluindo as crianças com deficiências. Se as três características estiverem presentes num professor, ele já pode ser considerado um mediador; no entanto, se tal professor apresentar em suas atitudes as outras nove, ele será um mediador ainda melhor.
Os professores precisam receber formação continuada para que possam desenvolver melhor sua metodologia. Sabemos que muitos professores já agem de acordo com as características de mediação aqui defendidas, mas para que possam ser ainda mais eficazes é importante que suas ações sejam conscientes e planejadas, e não apenas fruto do acaso ou de experiências – ainda que bem-sucedidas. Precisamos nos profissionalizar cada vez mais. Precisamos agir com nossos alunos sabendo o que queremos e onde pretendemos levá-los com nossa ajuda, e em especial para com os alunos com deficiências. Sem esses pré-requisitos iremos interagir com eles, mas não saberemos se as vitórias ou fracassos dependeram mais de nós ou das próprias crianças.
Inspirado na obra Mediação da
aprendizagem na educação especial, de Gislaine Coimbra Budel e Marcos
Meier (Editora IBPEX, 2012).
AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM: A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO.
Pessoal, este artigo é muito bom! Leiam para discutirmos!
Boa leitura!
Dani
Elvira Cristina Martins Tassoni.
Universidade Estadual de Campinas.
Introdução:
Boa leitura!
Dani
Elvira Cristina Martins Tassoni.
Universidade Estadual de Campinas.
Introdução:
Este texto baseia-se na pesquisa de mestrado realizada pela autora1. A partir
de alguns dos resultados obtidos na referida pesquisa, intenciona-se demonstrar como os
fatores afetivos se apresentam na relação professor-aluno e a sua influência no processo de
aprendizagem.
Com uma maior divulgação das idéias de Vygotsky, vem se configurando
uma visão essencialmente social para o processo de aprendizagem. Numa perspectiva
histórico-cultural, o enfoque está nas relações sociais. É através da interação com outros
que a criança incorpora os instrumentos culturais.
Vygotsky (1994), ao destacar a importância das interações sociais, traz a
idéia da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem,
defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de
interação entre as pessoas. Portanto, é a partir de sua inserção na cultura que a criança,
através da interação social com as pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo.
Apropriando-se das práticas culturalmente estabelecidas, ela vai evoluindo das formas
elementares de pensamento para formas mais abstratas, que a ajudarão a conhecer e
controlar a realidade. Nesse sentido, Vygotsky destaca a importância do outro não só no
processo de construção do conhecimento, mas também de constituição do próprio sujeito e
de suas formas de agir.
Segundo o autor, o processo de internalização envolve uma série de
transformações que colocam em relação o social e o individual. Afirma que “todas as
funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e,
depois no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior
da criança (intrapsicológica).” (p. 75).
Partindo desse pressuposto, o papel do outro no processo de aprendizagem
torna-se fundamental. Consequentemente, a mediação e a qualidade das interações sociais
ganham destaque.
Smolka e Góes (1995), ao se referirem à idéia de mediação, representam-na
como uma relação sujeito-sujeito-objeto. “Isto significa dizer que é através de outros que o
sujeito estabelece relações com objetos de conhecimento, ou seja, que a elaboração
cognitiva se funda na relação com o outro” (p. 9).
Pino (1997), ao discorrer sobre os processos cognitivos, defende que o
conhecer humano é uma atividade que pressupõe uma relação que “envolve três elementos,
não apenas dois: o sujeito que conhece, a coisa a conhecer e o elemento mediador que
torna possível o conhecimento” (p. 6). Afirma que
“embora a atividade de conhecer pressuponha a existência no sujeito de
determinadas propriedades que o habilitam a captar as características dos objetos,
há fortes razões para pensar que o ato de conhecer não é obra exclusiva nem do
sujeito, nem do objeto, nem mesmo da sua interação [direta], mas da ação do
elemento mediador, sem o qual não existe nem sujeito nem objeto de
conhecimento” (idem, p. 2).
De maneira semelhante, Klein (1996) defende que o objeto de conhecimento
não existe fora das relações humanas. “De fato, para chegar ao objeto, é necessário que o
sujeito entre em relação com outros sujeitos que estão, pela função social que lhe
atribuem, constituindo esse objeto enquanto tal” (p. 94). Nesse sentido, são as relações
humanas que formam a essência do objeto de conhecimento, pois este só existe a partir de
seu uso social. Portanto, é a partir de um intenso processo de interação com o meio social,
através da mediação feita pelo outro, que se dá a apropriação dos objetos culturais. É
através dessa mediação que o objeto de conhecimento ganha significado e sentido.
Na verdade, são as experiências vivenciadas com outras pessoas é que irão
marcar e conferir aos objetos um sentido afetivo, determinando, dessa forma, a qualidade
do objeto internalizado. Nesse sentido, pode-se supor que, no processo de internalização,
estão envolvidos não só os aspectos cognitivos, mas também os afetivos.
Assim, abre-se um espaço para investigações científicas abordando a
influência dos aspectos afetivos no processo de aprendizagem.
A relação que caracteriza o ensinar e o aprender transcorre a partir de
vínculos entre as pessoas e inicia-se no âmbito familiar. A base desta relação vincular é
afetiva, pois é através de uma forma de comunicação emocional que o bebê mobiliza o
adulto, garantindo assim os cuidados que necessita. Portanto, é o vínculo afetivo
estabelecido entre o adulto e a criança que sustenta a etapa inicial do processo de
aprendizagem. Seu status é fundamental nos primeiros meses de vida, determinando a
sobrevivência (Wallon, 1978). Da mesma forma, é a partir da relação com o outro, através
do vínculo afetivo que, nos anos iniciais, a criança vai tendo acesso ao mundo simbólico e,
assim, conquistando avanços significativos no âmbito cognitivo. Nesse sentido, para a
criança, torna-se importante e fundamental o papel do vínculo afetivo, que inicialmente
apresenta-se na relação pai-mãe2-filho e, muitas vezes, irmão (s). No decorrer do
desenvolvimento, os vínculos afetivos vão ampliando-se e a figura do professor surge com
grande importância na relação de ensino e aprendizagem, na época escolar. “Para
aprender, necessitam-se dois personagens (ensinante e aprendente3) e um vínculo que se
estabelece entre ambos. (...) Não aprendemos de qualquer um, aprendemos daquele a quem
outorgamos confiança e direito de ensinar” (Fernández, 1991, p. 47 e 52).
Toda aprendizagem está impregnada de afetividade, já que ocorre a partir
das interações sociais, num processo vincular. Pensando, especificamente, na aprendizagem
escolar, a trama que se tece entre alunos, professores, conteúdo escolar, livros, escrita, etc.
não acontece puramente no campo cognitivo. Existe uma base afetiva permeando essas
relações.
As experiências vividas em sala de aula ocorrem, inicialmente, entre os
indivíduos envolvidos, no plano externo (interpessoal). Através da mediação, elas vão se
internalizando (intrapessoal), ganham autonomia e passam a fazer parte da história
individual. Essas experiências também são afetivas. Os indivíduos internalizam as
experiências afetivas com relação a um objeto específico.
A afetividade:
Existe uma grande divergência quanto à conceituação dos fenômenos
afetivos. Na literatura encontra-se, eventualmente, a utilização dos termos afeto, emoção e
sentimento, aparentemente como sinônimos. Entretanto, na maioria das vezes, o termo
emoção encontra-se relacionado ao componente biológico do comportamento humano,
Refere-se aqui aos pais não necessariamente biológicos, mas aos adultos responsáveis pelos cuidados e
educação da criança.
Termos mantidos do original em espanhol, significando, respectivamente, quem ensina e quem aprende.
referindo-se a uma agitação, uma reação de ordem física. Já a afetividade é utilizada com
uma significação mais ampla, referindo-se às vivências dos indivíduos e às formas de
expressão mais complexas e essencialmente humanas.
Engelmann (1978) faz uma profunda revisão terminológica quanto às
variações semânticas, ao longo do tempo, das palavras: emoções, sentimentos, estados de
ânimo, paixão, afeto e estados afetivos, em diversos idiomas (francês, inglês, alemão,
italiano e português). Esperava conseguir clarear e precisar as peculiaridades de significado
de cada termo que, às vezes, são usados como sinônimos. Tinha a intenção de corrigir o
caráter vago e a inadequação de uso, em muitos casos.
Concluiu que existe uma variação conceitual muito grande, dependendo do
autor e do idioma a ser considerado.
Apesar das dificuldades de conceituação que vêm acompanhando,
historicamente os fenômenos afetivos, Pino (mimeo) tem destacado com clareza que tais
fenômenos referem-se às experiências subjetivas, que revelam a forma como cada sujeito
“é afetado pelos acontecimentos da vida ou, melhor, pelo sentido que tais acontecimentos
têm para ele” (p. 128). Portanto,
“os fenômenos afetivos representam a maneira como os acontecimentos repercutem
na natureza sensível do ser humano, produzindo nele um elenco de reações
matizadas que definem seu modo de ser-no-mundo. Dentre esses acontecimentos, as
atitudes e as reações dos seus semelhantes a seu respeito são, sem sombra de
dúvida, os mais importantes, imprimindo às relações humanas um tom de
dramaticidade. Assim sendo, parece mais adequado entender o afetivo como uma
qualidade das relações humanas e das experiências que elas evocam (...). São as
relações sociais, com efeito, as que marcam a vida humana, conferindo ao conjunto
da realidade que forma seu contexto (coisas, lugares, situações, etc.) um sentido
afetivo” (idem, p. 130-131).
Embora os fenômenos afetivos sejam de natureza subjetiva, isso não os torna
independentes da ação do meio sociocultural, pois relacionam-se com a qualidade das
interações entre os sujeitos, enquanto experiências vivenciadas. Dessa maneira, pode-se
supor que tais experiências vão marcar e conferir aos objetos culturais um sentido afetivo.
Wallon, estudioso francês com formação em medicina e filosofia (na época
não havia curso autônomo de psicologia e a formação do psicólogo vinculava-se ao curso
de filosofia), dedicou grande parte de sua vida ao estudo das emoções e da afetividade.
Identificou as primeiras manifestações afetivas do ser humano, suas características e a
grande complexidade que sofrem no decorrer do desenvolvimento, assim como suas
múltiplas relações com outras atividades psíquicas. Afirma que a afetividade desempenha
um papel fundamental na constituição e funcionamento da inteligência, determinando os
interesses e necessidades individuais.
Atribui às emoções um papel de primeira grandeza na formação da vida
psíquica, funcionando como uma amálgama entre o social e o orgânico. As relações da
criança com o mundo exterior são, desde o início, relações de sociabilidade, visto que, ao
nascer, não tem
“meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das suas
necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pessoas adultas que
a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que se organizam sob a
influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar, por meio de manifestações
consoantes e contagiosas, uma fusão de sensibilidade entre o indivíduo e o seu
entourage” (Wallon, 1971, p. 262).
Baseando-se em fundamentos darwinistas, encontrou argumentos que
enfatizam a origem do homem como um ser emocional. Analisando aspectos como prole
reduzida em comparação com outros mamíferos e o prolongado período de dependência
entre o bebê e seus pais, destaca a importância da proximidade do outro para o
desenvolvimento humano. Nesse sentido, defende que a emoção é o primeiro e mais forte
vínculo entre os indivíduos.
Wallon (1978) entende que a primeira relação do ser humano ao nascer é
com o ambiente social, ou seja, com as pessoas ao seu redor. As manifestações iniciais do
bebê assumem um caráter de comunicação entre ele e o outro, sendo vistas como o meio de
sobrevivência típico da espécie humana. “Os únicos atos úteis que a criança pode fazer,
consistem no fato de, pelos seus gritos, pelas suas atitudes, pelas suas gesticulações,
chamar a mãe em seu auxílio.(...) Portanto, os primeiros gestos (...) não são gestos que lhe
permitirão apropriar-se dos objetos do mundo exterior ou evitá-los, são gestos dirigidos às
pessoas, de expressão” (p. 201).
Wallon estabelece uma distinção entre emoção e afetividade (1968).
Segundo o autor as emoções são manifestações de estados subjetivos, mas com
componentes orgânicos. Contrações musculares ou viscerais, por exemplo, são sentidas e
comunicadas através do choro, significando fome ou algum desconforto na posição em que
se encontra o bebê. Ao defender o caráter biológico das emoções, destaca que estas
originam-se na função tônica. Toda alteração emocional provoca flutuações de tônus
muscular, tanto de vísceras como da musculatura superficial e, dependendo da natureza da
emoção, provoca um tipo de alteração muscular. Wallon “identifica emoções de natureza
hipotônica, isto é, redutoras do tônus, tais como o susto e a depressão. (...) Outras emoções
são hipertônicas, geradoras de tônus, tais como a cólera e a ansiedade, capazes de tornar
pétrea a musculatura periférica” (Dantas, 1992, p. 87).
A afetividade, por sua vez, tem uma concepção mais ampla, envolvendo uma
gama maior de manifestações, englobando sentimentos (origem psicológica) e emoções
(origem biológica). A afetividade corresponde a um período mais tardio na evolução da
criança, quando surgem os elementos simbólicos. Segundo Wallon, é com o aparecimento
destes que ocorre a transformação das emoções em sentimentos. A possibilidade de
representação, que consequentemente implica na transferência para o plano mental, confere
aos sentimentos uma certa durabilidade e moderação.
Considerando que o processo de aprendizagem ocorre em decorrência de
interações sucessivas entre as pessoas, a partir de uma relação vincular, é, portanto, através
do outro que o indivíduo adquire novas formas de pensar e agir e, dessa forma apropria-se
(ou constrói) novos conhecimentos. Considerando, igualmente, que a qualidade dessas
relações sociais influem na relação do indivíduo com os objetos, lugares e situações,
apresenta-se, na seqüência, como se desenvolveu a pesquisa que teve por objetivo –
analisar as interações em sala de aula entre professores e alunos, buscando identificar
os aspectos afetivos presentes que influenciam o processo de aprendizagem,
especificamente da linguagem escrita.
Na verdade, os resultados obtidos na pesquisa podem ser ampliados
focalizando o processo de aprendizagem de uma maneira geral.
Baseando-se numa perspectiva teórica fundamentalmente social, a partir de
Vygotsky e Wallon, defende-se que a afetividade que se manifesta na relação professoraluno
constitui-se elemento inseparável do processo de construção do conhecimento. Além
disso, a qualidade da interação pedagógica vai conferir um sentido afetivo para o objeto de
conhecimento, a partir das experiências vividas.
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